sexta-feira, 3 de julho de 2015

Bruxelas


Chegados a Bruxelas tivemos uma surpresa relativamente ao trânsito local, é que a Av. Anspachlaan, onde ficava o nosso hotel e que é uma das principais artérias de acesso ao centro histórico da cidade, depois de toda uma vida comportando automóveis, foi cortada ao trânsito tendo passado a ser definitivamente uma rua pedonal, tal como outras ruas de ligação a esta avenida principal. E esta alteração, que provocou o caos na circulação automóvel na cidade, tinha que acontecer exatamente no dia em que lá íamos chegar. Assim, o GPS mandava-nos por uma rua e os polícias indicavam-nos outros caminhos. Um autêntico pandemónio com os túneis que cruzam toda a cidade e distribuem depois o tráfego pelas várias saídas para o centro, a ficarem totalmente entupidos. Conclusão, passámos uma hora dentro de um túnel para fazer apenas 6 km. 

Mais do que um conselho para futuros viajantes, esta referência é só um desabafo... tantas vezes dizemos, a respeito de Portugal, que só neste país é que estas coisas acontecem mas, afinal, acontecem coisas bem piores em países ditos civilizados.

Mas a primeira noite na cidade acabou por ser bem agradável, pois estava a ser inaugurado, naquele mesmo dia, todo um espaço pedonal, formado por um conjunto de ruas que deixaram de ter trânsito, o que levou centenas de pessoas a sair àquela hora e a permanecerem em pleno asfalto, usando skates ou bicicletas, ou ficando apenas sentados em grupos, bebendo e fumando… provavelmente algumas substâncias menos lícitas.

Mas, a verdade é que, naquela noite, Bruxelas estava uma cidade espantosa, cheia de vida na rua, naquele que foi o primeiro dia de uma cidade nova que ali tinha acabado de nascer.

Para os dias seguintes tínhamos planeado fazer uma caminhada pelo centro, passando pelos principais pontos de interesse da cidade, seguindo mais ou menos os pontos representados neste mapa. Iríamos ainda visitar os locais assinalados que ficam mais afastados do centro, mas, nesse caso, já iriamos de carro e não caminhando... o foi a que fizemos:
  
Apesar do centro principal da cidade ser a Grand Place, para onde convergem todos os caminhos, acabámos por fazer um percurso ao longo das atrações mais periféricas, localizadas na envolvente, de forma a guardar para o fim do dia toda a zona do centro histórico.

Fizemos um percurso passando por alguns dos locais mais interessantes, tendo começado pela Catedral de St. Michael e e Santa Gudula, uma igreja católica romana do Séc. XVI localizada no monte Treurenberg.

Trata-se de um dos principais monumentos góticos da Bélgica, construído no século XIII sobre uma antiga igreja românica, embora a sua construção se tenha prolongado por cerca de 300 anos. Dedicada aos santos padroeiros da cidade, São Miguel e Santa Gudula, destaca-se pelas imponentes torres gémeas e pela fachada em estilo gótico brabantino.
O interior impressiona pela luminosidade dos vitrais coloridos e pelo órgão moderno com mais de quatro mil tubos. Além de ser um importante local de culto, a catedral acolhe cerimónias reais e eventos oficiais, sendo um símbolo histórico e religioso de Bruxelas.

Na proximidade da catedral, passámos depois pelas estátuas de bronze de Don Quixote e do seu servo, Sancho Panza, que ficam junto à estação ferroviária da cidade, a Gare Central, que muitos anos atrás me tinha acolhido na minha primeira chegada à cidade de Bruxelas.

Continuando na mesma rua, bem na proximidade da Grand Place que, propositadamente, quisemos deixar para mais tarde, chegámos ao Mont des Arts, uma zona elevada que oferece uma das melhores vistas da cidade. 

Este espaço foi criado no início do século XX por iniciativa do rei Leopoldo II, para ligar culturalmente e visualmente diferentes partes da cidade. Oferece uma vista panorâmica sobre Bruxelas e é rodeado por importantes instituições culturais, como a Biblioteca Real, o Museu de Belas-Artes e o Palácio de Belas-Artes.

Com os seus jardins geométricos, fontes e esculturas, o Mont des Arts é um espaço que combina a arte com história e lazer, sendo um dos pontos mais emblemáticos e fotogénicos da capital belga, destacando-se na paisagem a famosa torre da câmara municipal, que fica na Grand Place, que aqui é sempre bem visível. 
Mais à frente chegámos ao Parque de Bruxelas, também designado por Quartier Royal, um imenso jardim que termina, num dos lados, no Palais Royale, o palácio oficial do rei da Bélgica na cidade de Bruxelas.

Passámos algum tempo no parque, aproveitando a aragem e o fresco das zonas sombreadas, que nos ajudaram a carregar baterias, num dia tão inesperadamente quente com que Bruxelas nos recebeu. Mais tarde, estivemos junto ao imponente Palais Royale onde observámos alguns movimentos com a saída de membros da família real, e com a expectável azáfama por parte dos seguranças do palácio. 
Seguimos depois pela Place Royal, uma praça construída no local do antigo mercado da cidade, junto ao palácio de Coudenberg. O palácio sofreu um grande incêndio em 1731, tendo destruído grande parte dos edifícios daquele complexo. 

A praça foi reconstruída até 1780, com novos edifícios históricoscomo vários museus e a Igreja de São Tiago, integrando o conjunto monumental do bairro real e sendo um ponto central da história e da cultura de Bruxelas. 
Ainda nesta mesma praça encontramos os Musées Royaux des Beaux-Arts de Belgique e, localizado bem ao centro, está a estátua equestre de Godfrey of Bouillon, um dos líderes da primeira Cruzada no século XI.
Continuámos pela Rue de La Régence e passámos até à Église Notre-Dame du Sablon, uma bonita catedral, e chegámos depois à Place Poelaert, onde se destaca o imponente edifício do Palais de Justice.

É o edifício do tribunal mais importante na Bélgica e um dos maiores tribunais do mundo. Foi construído entre 1866 e 1883, em estilo eclético pelo arquiteto Joseph Poelaert, que dá o seu nome à praça. O palácio terá sido o maior edifício construído no século XIX e constitui um marco notável de Bruxelas.

No percurso seguinte fomos entrando gradualmente no centro histórico e fizemos uma paragem na junto à pequena estátua, quase ridícula de tão pequena, mas que tem o peso de ser o principal ex-líbris desta cidade, o Manneken Pis.

Trata-se de uma fonte constituída por uma pequena estátua em bronze de um menino a urinar. As fotografias de primeiro plano tiradas à estátua, que surgem em postais ou folhetos turísticos, dão uma sensação errada da sua verdadeira estatura, parecendo muito maior do que é na realidade, uma vez que a estátua apresenta a dimensão real de um bebé... o que deixa os turistas desapontados.
Entrámos depois no centro da cidade, a caminho da Grand Place, através da Rue de l'Etuve, onde as lojas de souvenires para turistas se misturam com as montras decoradas por gofres com as mais variadas e coloridas coberturas, dispostos de forma apelativa para fazer babar quem vai passando e que acaba quase sempre por ceder à tentação, como aconteceu connosco.
Quaisquer que sejam as ruas escolhidas nesta zona do centro encontraremos as ditas casas de gofres, as esplanadas dos inúmeros restaurantes, ou as sofisticadas chocolatarias belgas, por onde se vão atropelando centenas de turistas, seguindo por trajetos diferentes mas que acabam sempre por convergir no coração da cidade, a Grand Place.

A Grand Place é o centro geográfico, histórico e comercial de Bruxelas e o local mais visitado por todos os turistas. Uma praça empedrada, sempre movimentada, onde se mantém em funcionamento o centro político da cidade, passados séculos da sua criação. Trata-se do melhor exemplo da arquitetura barroca do século XVII, mas a sua origem remonta ao século XI, quando se realizavam mercados ao ar livre naquele local. No entanto, o seu edifício principal, o Hotel de Ville, só foi construído no final do século XIV. Em 1695, dois dias de intensos bombardeamentos franceses, destruíram todos os edifícios à exceção do Hotel de Ville. A praça foi então reconstruída com a imposição do estilo arquitetónico por parte do conselho municipal, originando assim a harmoniosa unidade de edifícios da renascença flamenga que se vêm ainda hoje.

A arquitetura na Grand Place é única e grandiosa e como não se trata de uma praça muito grande, com cerca de 110 x 60 m2, a concentração de monumentos com aquela impressionante riqueza arquitetónica, dá-nos a sensação de que aquele local é quase um museu de arquitetura, onde se observam lado a lado, e sem qualquer vestígio de arquitetura mais moderna, palácios, palacetes, um conjunto de edifícios adornados com fachadas artísticas, e sobretudo o majestoso edifício do Hotel de Ville, a Câmara Municipal da cidade. Com a sua fachada gótica, ocupa toda a zona sudoeste da praça e é esplendoroso com as suas inúmeras colunas decoradas, torreões, arcadas e estátuas, como a de São Miguel (padroeiro da cidade) colocada no cimo da sua maior torre. Atualmente, como outrora, funciona ainda como edifício oficial da Câmara Municipal da Bruxelas.
Nos outros alçados da praça dispõem-se os restantes edifícios, não tão altos como a torre da Câmara Municipal, todos eles com uma arquitetura sofisticada e sublime, como a Maison du Roi, uma antiga residência de monarcas que é hoje o Musée de la Ville, onde estão expostos vários quadros e tapeçarias do século XVI, ou o Le Pigeon, outrora a residência do escritor Victor Hugo. 

Contudo, a probabilidade de encontrarmos alguns destes edifícios com obras de recuperação é muito grande. E foi o que aconteceu nesta altura em que um dos lados da praça estava tapado por uma tela enorme reproduzindo as fachadas que encobria, onde estariam a decorrer trabalhos de restauro. 

Outra das perturbações que podemos encontrar é a utilização da praça como arena de espetáculos. Sendo este o local mais central da cidade é natural que ali se realizem alguns eventos que poderão descaracterizar, mais ou menos, os aspeto original da praça. Nesta altura existiam dois grandes blocos de bancadas e, numa das noites, o local transformou-se numa imensa festa medieval, com centenas de atores e figurantes, reproduzindo todo o tipo de acontecimentos medievais, num festival de luzes e som. Embora se tratasse de um evento apropriado à época a que a praça nos transporta, e as cores das luzes tivessem dado uma dimensão grandiosa àqueles edifícios, talvez tivesse sido mais conveniente poder ver a praça tal como ela é, sem adereços e sem bancadas, sem atores e sem cenários.

Demorámo-nos naquela zona envolvente à Grand Place, onde acabámos por almoçar as famosas frites de Bruxelas, batatas fritas aos palitos que são vendidas em cartuchos, como as castanhas assadas, e que pingam gordura e colesterol por todo o lado, mas que ainda molhamos na maionese, para que a overdose se complete… de qualquer maneira, tínhamos que provar este clássico da cidade e que acabaram por nos saber bastante bem, devidamente acompanhadas por uma das típicas cervejas belgas. Mas para que a glicémia não ficasse desequilibrada em relação aos picos de colesterol, já tínhamos ido aos gofres e, mais à noite, iremos aos chocolates artesanais e aos macarons, sempre com uma cervejinha bem fresquinha, que vai bem com tudo.

Ainda nas proximidades existem alguns locais interessantes, como é o caso das Galeries Royales Saint-Hubert, com entrada pela Rue du Marché aux Herbes. As galerias são compostas por dois edifícios principais, cada um mais de 100 metros, a Galerie du Roi e a Galerie de la Reine, separadas pela Rue des Bouchers, e por uma galeria menor, perpendicular às outras, chamada Galerie des Princes. Desde a sua abertura, a meio do século XIX que estas galerias, que albergam lojas, cafés, restaurantes e auditórios, constituem um polo fundamental da moda e da cultura da cidade. Os visitantes são atraídos sobretudo pelas marcas de luxo, pelos elegantes cafés e pelos espaços culturais, onde se incluíram o Théâtre du Vaudeville, o Cinéma des Galeries e o antigo Café des Arts, que, até à última década do século XIX, serviu de ponto de encontro para pintores e escritores da época, incluindo a comunidade de refugiados franceses ilustres, como Victor Hugo, Alexandre Dumas e outros. Uma placa comemorativa recorda a primeira exibição da câmara de cinema dos irmãos Lumière em 1896. 
Saímos pela Rue des Bouchers, a rua que separa as duas galerias principais, uma rua pedonal com enorme frequência turística que concentra um grande número de restaurantes com esplanadas. Caminhámos até à Place de la Monnaie onde se situa o teatro La Monnaie de Munt, que é atualmente a Ópera Nacional da Bélgica. Entrámos depois pela Rue Neuve, uma rua pedonal que funciona como um centro comercial, com lojas de um lado e do outro. Quando atingimos a Av. Anspachlaan, aquela que passou a ser exclusivamente pedonal no dia anterior e onde ficava o nosso hotel, fizemos o percurso de volta até à Place de la Bourse, com o imponente edifício do Palácio da Bolsa de Bruxelles. A envolvente do Palácio da Bolsa é uma das zonas mais frequentadas pelos habitantes locais, que deixam a Grand Place para os turistas, apesar da proximidade entre estas duas praças, nota-se bem a diferença no tipo de frequência. 
Estávamos no final da tarde, de um dia que seria enorme como os anteriores, com um pôr-do-sol que se esperava para depois das 22h30. Foi tempo para uma pequena pausa no hotel e para uma nova saída, desta vez de carro. 

Assim, depois da árdua tarefa de sair de carro do centro de Bruxelas, chegámos à zona do Atomium.
Trata-se de um monumento feito em aço inox, construído propositadamente para a exposição mundial de 1958, e que é atualmente um dos símbolos mais emblemáticos e representativos da cidade. O Atomium representa a estrutura de uma molécula de ferro, ampliada 165 biliões de vezes e cada uma das nove esferas tem 18 metros de diâmetro e estão ligadas umas às outras por tubos onde foram instaladas escadas rolantes, permitindo assim visitar o seu interior. Também optámos por não ir, os bilhetes eram caros demais para o interesse proporcionado. 
A zona do Atomium é também ocupada por um parque temático, o Little Europe, com miniaturas dos vários países da Europa, incluindo, por exemplo, a nossa Torre de Belém. Não entrámos, desde logo porque tinha fechado às 17h, mas também não entraríamos… não nos pareceu nada interessante.


Mas neste complexo existe ainda um outro local importante, um dos estádios mais marcantes de toda a história do futebol, e pelas piores razões… o estádio do Heysel que, durante décadas, foi o mais importante estádio de Bruxelas e da equipa principal da cidade, o Anderlecht.

Em 1985, numa final da taça dos campeões europeus entre o Liverpool e a Juventus, as claques dos dois clubes envolveram-se em confrontos, provocando a fuga do público em massa, o que originou que as pessoas dos lugares junto às grades que separavam os vários setores das bancadas, tivessem começado a ficar desesperadamente comprimidas. Morreram 39 pessoas na bancada de adeptos da Juventus esmagados pela pressão da grande massa de adeptos que se deslocava fugindo dos conflitos. Foi uma das mais negras páginas da história do futebol mundial, que contribuiu para que a Inglaterra estivesse vários anos sem acesso às competições europeias, tendo, a partir dessa data, implementado um conjunto de medidas severas contra o holiganismo, o que veio a ter efeitos perfeitamente visíveis, sendo hoje justamente a Inglaterra, um dos locais em que o futebol se tornou menos violento, com a presença constante das famílias nos estádios.

Não visitámos aquele estádio, não é sequer visitável, mas reavivei a memória daquele dia negro em que, pela televisão e em direto, segui aquela tragédia, que me marcou durante anos e mudou a minha forma de encarar os espetáculos de futebol.

No caminho de volta ao centro passámos ainda pela maior catedral da cidade, a basílica Koekelberg ou Basilique Nationale du Sacré-Coeur, uma das dez maiores igrejas católicas romanas do mundo. Feita em betão armado e revestida a tijolo maciço, a igreja apresenta duas torres finas e uma cúpula na nave central que atinge 89 m de altura e está revestida a chapa de cobre de cor verde, dominando o horizonte noroeste da cidade de Bruxelas. A igreja foi dedicada ao Sagrado Coração, inspirada no Sacré-Coeur de Paris, e a sua primeira pedra foi lançada simbolicamente pelo Rei Leopoldo II em 1905. A construção foi interrompida pelas duas guerras mundiais atrasando a conclusão da basílica, que aconteceu apenas em 1969. 
À noite voltámos ao centro, à mesma praça e às mesmas ruas, igual ao dia e igual à noite anterior. Percorremos a envolvente da Grand Place onde existem ruas com esplanadas de restaurantes que são quase ruas temáticas, restaurantes belgas, italianos, gregos... cada especialidade em sua rua… como a Rue des Bouchers ou a Rue des Brasseurs. Optámos pela comida italiana, que é sempre uma garantia de qualidade seja em que país for.

Depois voltámos às lojas da arte do chocolate, por exemplo, na Rue au Beurre, com montras que nos prendem o olhar e a gula, com macarons de todas as cores e paladares e chocolates de fabrico artesanal, alguns deles são pequenas esculturas de sabor e glicémia, ou de fabrico mais industrial, mas de marcas top, como a Godiva.
E finalizámos o dia e esta visita a Bruxelas, no local em torno do qual toda cidade gravita, a Grand Place. Desta vez transformada num cenário medieval numa profusão de luz e cor que deixava a praça com um aspeto ainda mais sofisticado.


É sempre assim em Bruxelas, pelo menos para nós, turistas, que não conhecemos outros locais de interesse mais reservados… tudo gira à volta do centro de gravidade que é a Grand Place


A minha memória, de há quase 30 anos, na minha única visita à cidade, já era quase exclusiva da Grand Place e das ruas vizinhas. Mas mesmo a Ana, que esteve 6 meses em Bruxelas a fazer Erasmus, há 20 anos, tinha exatamente a mesma memória… sempre aquele centro histórico, sempre aquela praça, sempre uma enorme concentração de turistas.

E assim, a Bélgica fica vista para mais 20 anos…

Antes da saída de Bruxelas fizemos ainda dois desvios dentro da cidade. Primeiro junto das instalações da Comunidade Europeia, com um acesso muito condicionado e o trânsito entupido e com dificuldades em chegar aos estacionamentos devido a obras. Esta zona pareceu-nos pouco interessante do ponto de vista turístico, porque, embora lá estejam os grandes edifícios da CEE, não se torna nada fácil chegar lá perto, pelas dificuldades no trânsito, mas também devido aos perímetros de segurança que são garantidos, sobretudo em ocasiões das principais reuniões e cimeiras. Mas a zona não nos traz nada mais que não seja a possibilidade de reconhecer algum edifício que tenhamos visto nos telejornais. 

O outro desvio foi uma breve paragem na faculdade de engenharia onde a Ana tinha estado a fazer Erasmus, 20 anos atrás, apenas para avivar memórias.