Chegar à Bélgica foi como entrar num cenário que já me parecia familiar, mas que, ainda assim, me foi surpreendendo a cada recanto. Viajar por este país é como folhear um livro ilustrado de contrastes e encantos, entre ruas medievais que parecem suspensas no tempo, canais tranquilos que refletem fachadas coloridas e praças que respiram história, cada cidade guarda a sua própria poesia.

Durante anos conhecia apenas a cidade de Bruxelas, que, reconheço, nem me tinha cativado particularmente. Só em 2015 fiz uma viagem mais profunda por este país, contactando, desta vez, com outras duas cidades, Bruges e Gante, que são claramente de um outro patamar, e essas sim, deixaram-me completamente encantado.
Em Bruges, perdemos a noção do tempo ao caminhar por entre canais e ruas de empedradas, que escondem histórias antigas. Em Gante, sentimos a vibração de uma cidade jovem e viva, onde o peso da história convive com a leveza do quotidiano. Já em Bruxelas, o ritmo muda, é o coração pulsante de um pequeno país, mas cheio de mundo, uma espécie de capital oficial de todo o continente europeu.
Nos trajetos que fizemos em 2015, integrados numa viagem por mais alguns países (percorrendo o chamado Benelux), entrámos na Bélgica vindos da Holanda, começando por Bruges, seguido de Gante, depois a capital Bruxelas, e saímos mais a sul pelo Luxemburgo, seguindo mais ou menos os trilhos assinalados neste mapa:
Através dos seguinte links, apresento as cronicas das visitas que fiz a estas três cidades belgas:
Bruxelas
De Bruges a Gante, de Gante a Bruxelas, cada cidade revelou-me uma faceta diferente da Bélgica, ora romântica e intemporal, ora vibrante e jovem, ora cosmopolita e cheia de energia. No fim, ficou a sensação de que este pequeno país guarda muito mais do que caberia numa só viagem: sabores que se descobrem devagar, detalhes escondidos em fachadas antigas, e um convite constante a regressar. Viajar pela Bélgica não foi apenas visitar lugares, foi sentir atmosferas, deixar-me perder nos caminhos e voltar com a certeza de que algumas cidades vão ficar connosco para sempre.
Julho de 2015