Salzburgo é uma das mais bonitas cidades austríacas, com a imagem de um lugar de conto de fadas, aninhada entre montanhas e adornada por castelos e palácios de príncipes e princesas, mas também pela importância histórica e cultural, muito marcada pelo seu personagem principal, o compositor Wolfgang Amadeus Mozart.
Podemos visitar esta cidade apanhando um comboio ou vindo de carro, a partir de Viena ou de Munique, E foi desta cidade alemã que parti, por duas vezes e ambas de carro, cumprindo um trajeto de apenas 150 km.
Salzburgo está localizada no limite da cordilheira dos Alpes e é uma cidade europeia de referência, considerada Património Mundial da UNESCO em 1996, o que justifica, desde logo, o facto de ser o centro turístico mais frequentado de toda a Áustria.
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Em termos paisagísticos a cidade é dominada pela presença dos Alpes, ao fundo, do rio Salzach, que divide o seu centro histórico, e do monte Festungsberg, no topo do qual se localiza o principal ícone da cidade, a Fortaleza de Hohensalzburg.
E foi por essa Fortaleza que começámos a nossa visita, tendo saído da zona do rio e assumindo a imensa escalada até ao alto da montanha. Trata-se de uma fortaleza medieval, com 250 m de comprimento e 150 de largura, e é mesmo um dos maiores castelos medievais na Europa. O acesso ao topo pode ser feito através de um funicular, mas há sempre a possibilidade de se subir a pé… que foi o que nós fizemos, claro, sempre a solução mais difícil.

O esforço é grande mas é recompensado com a vista fantástica sobre a cidade, que nos permite observar Salzburg de uma forma quase incrível, por nos fazer acreditar que estamos mesmo perante uma cidade do século XVIII, pela arquitetura de época que domina as ruas e praças, pelos edifícios históricos e palácios, pelas torres de igreja e as cúpulas imponentes, e até pelas charretes que percorrem as ruas passeando turistas... e tudo isso nos leva a entrar no imaginário fantástico daquela época.
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Do outro lado do monte a vista sobre as colinas dos Alpes traz-nos à memória as cenas do clássico também muito ligado a esta cidade. Falo do filme “The Sound of Music” ou “Música no Coração”, rodado na cidade e nas montanhas que a rodeiam no início dos anos 60. Existe mesmo um percurso turístico, recomendado nos guias locais, em que se percorrem os pontos onde foram rodadas algumas das cenas de exterior do filme, que inclui um circuito de caminhada junto às montanhas onde o filme foi rodado (não optámos por fazer uma dessas caminhadas, mas não deixámos de reconhecer alguns locais ou ambientes que nos recordavam as imagens do filme).

Voltando ao centro, descendo da Fortaleza de Hohensalzburg chegámos ao coração da zona histórica, na margem esquerda do rio Salzach, deambulando pelas principais praças e percorrendo as atrações mais importantes, duma cidade que é pequena e, por isso, se consegue explorar facilmente de lés-a-lés.
Neste passeio, primeiro pelo centro e depois pela outra margem do rio, fomos passando pelos locais mais interessante da cidade que se encontram assinalados neste mapa:
Na praça Kapitelplatz, na base da colina do castelo, salienta-se uma escultura em forma de esfera dourada com um homem no seu topo olhando para o infinito. A obra, executada pelo artista Stephan Balkenhol exatamente neste mesmo ano de 2007, é conhecida como "Sphaera - Um homem sobre um corpo esférico”.
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Na envolvente das praças Kapitelplatz e Domplatz, destaca-se a imponente Catedral de Salzburg (Salzburger Dom), um edifício barroco dominado pelas enormes cúpulas.
Esta catedral é a principal igreja da cidade e um dos mais importantes exemplos do barroco em toda a região dos Alpes. O edifício atual foi consagrado em 1628, após sucessivas reconstruções desde a primeira igreja fundada no século VIII. A fachada em mármore branco e a grande cúpula de 71 metros constituem os traços principais desta extraordinária catedral.

Quanto aos interiores, são decorados com frescos e esculturas que marcam bem a imponência da catedral. Um dos destaques desta igreja é o órgão principal, onde Mozart chegou a tocar, mas também a pia batismal onde o pequeno Amadeus foi batizado. Durante a Segunda Guerra Mundial sofreu danos graves, mas foi restaurada até 1959, recuperando o seu esplendor original. Hoje continua a ser o centro religioso de Salzburgo e um dos símbolos mais visitados da cidade.

Logo depois entramos na Residenzplatz que é considerado o centro da cidade, onde se localiza o Neubau, sede do governo, a Residência dos Bispos e a Glockenspiel, uma igreja com um conjunto de sinos que interpretam peças clássicas.
A Mozartplatz, surge depois quase como a continuação da Residenzplatz, e enverga no centro uma escultura deste famoso músico. Salzburg é muito marcada pela figura de Wolfgang Amadeus Mozart, nascido no centro da cidade no final do século XVIII. Além da praça com o seu nome e a sua estátua, existem também, a casa onde ele nasceu e viveu e uma outra casa museu, onde terá também vivido num período mais curto da sua infância.

Entrámos depois pela Getreidegasse, a principal rua comercial da cidade velha, conhecida por estar totalmente enfeitada com letreiros das várias lojas, restaurantes ou hotéis, suspensos no exterior através de poleias metálicas decorativas.
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É também a rua que mais turistas atrai, porque a casa do número 9 é o lugar onde Mozart nasceu em Janeiro de 1756 e viveu a maior parte do tempo até aos seus 17 anos. A antiga casa de Mozart é um museu desde 1880, onde se expõem alguns objetos que simbolizam a carreira do músico, como o violino que ele utilizava em criança, o seu cravo e também retratos e cartas da família Mozart. Atualmente a antiga casa de Mozart serve também como sala para pequenos concertos.
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Depois de algumas horas no centro histórico localizado na margem esquerda do rio Salzach, atravessámos uma das pontes até à outra margem do rio, para onde se prolonga a cidade velha e, já mais longe, para onde se desenvolve a parte mais moderna da cidade.
Deste lado de Salzburg existem vários pontos de interesse que justificam uma visita, como a colina de Kapuzinerberg, que se ergue a partir da margem direita do rio, e que subimos, com algum esforço, até ao ponto da muralha que se encontra assinalado no mapa como Basteiweg (Stadtmauer).
Este local é um miradouro com vistas panorâmicas extraordinárias, num primeiro plano, sobre o centro histórico da cidade, dominado pela Fortaleza de Hohensalzburg e, lá mais ao fundo, com as montanhas dos Alpes salpicadas do branco da neve.
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Voltámos a descer a colina até à praça Makartplatz, a mais monumental e mais importante da margem direita, onde se localizam alguns edifícios de referência, destacando-se a Dreifaltigkeitskirche, uma igreja Católica Romana que é considerada o mais importante edifício religioso da cidade de Salzburg.

Ainda na Makartplatz ficam outros edifícios importantes como o clássico e charmoso Hotel Bristol e a Salzburger Landestheater, uma das principais salas de espetáculos de Salzburg, com as suas próprias companhias de teatro, ballet e ópera.
E há ainda o Mozart Wohnhaus, a outra residência de Mozart, onde viveu alguns anos na sua infância, e onde foi aberto em 1996 um segundo Museu Mozart.
Por fim chegámos ao Mirabell Palace e ao esplendoroso jardim do Mirabellgarten, o Parque Mirabell. O jardim, que pode ser visitado gratuitamente, é do estilo barroco italiano e foi criado no final do século XVII por ordem do Príncipe e Arcebispo Johann von Thun.
As imagens de cada recanto deste espaço são de uma beleza perfeitamente incrível e é justamente um dos locais que nos faz recordar algumas das cenas do filme "Música do Coração".
Quando se entra Mirabellgarten pela Makartplatz percorre-se o chamado Gran Parterre com as suas fontes e esculturas, com o palácio ao fundo, e aproveita-se esta envolvente lindíssima.
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Do lado oposto, já no próprio palácio, o Schloss Mirabell, podemos contemplar a paisagem de todo o jardim, mostrando com a cidade ao fundo, numa daquelas imagens que são tão belas que até poderia ser usada para adornar as caixas dos chocolates suíços.
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Encerrámos o dia caminhando tranquilamente pelas margens do rio e, à medida que avançávamos, a cidade ia-se desenhando à distância, não como um adeus, mas como um convite à contemplação. Era como se o próprio horizonte nos entregasse, em tons dourados e sombras suaves, um bilhete-postal vivo, daqueles que não se guardam na carteira, mas sim em forma de memórias eternas.
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Salzburg não é a cidade mais apaixonante do mundo, mas é, definitivamente, das mais bonitas cidades que podemos encontrar. Não nos apaixonamos porque a cidade parece quase um cenário que ali foi montado para que os turistas o possam apreciar. Não se vê nada que nos emocione ou que mexa connosco, é tudo tão perfeito e está tudo no sítio certo, e é tudo tão previsível, que quase conseguimos imaginar o pequeno Amadeus à janela de umas das casas, criando melodias no seu cravo, ou Julie Andrews, na pele da noviça Maria, correndo colinas abaixo e cantando a plenos pulmões... the hills are alive with the sound of music.

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