Além dos percursos que fomos fazendo ao longo de toda a cidade, registo aqui outras coisas que também podem ser incluídas numa visita a Nova Iorque, e que recomendo... umas mais e outras menos.
Os seis percursos anteriores ocuparam-nos quatro dias completos e o quinto dia que nos sobrava foi usado para algumas das experiências que passo a mencionar:
Ir às compras
Numa visita a esta cidade existem sempre boas razões para uma paragem para compras, normalmente para comprarmos artigos de que não precisamos, mas compramos à mesma, talvez porque são mais baratos, tendo em conta que muitas vezes são marcas de nível elevado.
De qualquer maneira, se procurarem por uma grande superfície na ilha de Manhattan, recomendo o Macy's, na 7th Avenue, a 200 m do Madison Square Garden.
Mas ainda dentro da cidade o que não faltam são lojas apelativas para as mais variadas compras, desde a contrafação mais barata do Chinatown, até às boutiques das marcas mais caras, por exemplo, na 5th avenida ou no SoHo. Mas em qualquer rua podemos ser surpreendidos por um artigo que é mesmo a compra dos nossos sonhos e não poderíamos viver mais um dia se não deixássemos ali os dólares necessários para o levarmos para casa.
A propósito dessa pequena “obsessão”, não posso deixar de mencionar um episódio, quando no interior de um táxi no bairro do Shoho, somos surpreendidos por um grito (de uma das nossas companheiras de viagem) que nos assustou a todos e fez com que o taxista travasse a fundo, deixando o seu Yellow Cab imobilizado no meio da rua. Pagámos e saímos à pressa… corremos até à montra de uma sapataria... eram umas sandálias, mas que interessante!!!
Bem, mas quem quiser fazer compras à séria, então deve ir até a um outlet de grande dimensão e, nesse caso, recomendo aquele a que fomos, o Jerseys Gardens Mall. Apanha-se um autocarro direto na estação de Bus na 8th Avenue com a 42nd Street. É um grande centro comercial com várias lojas de marca em outlet, como a Calvin Klein ou a Timberland. Em 2009 valia a pena, mas já não sei como é que serão os preços de hoje. (De qualquer forma deve ser confirmada a existência deste outlet, porque vários centros comerciais têm entrado em falência nos últimos anos).
Andar de Yellow Cab
Andar de táxi não costuma ser algo especial quando visitamos uma cidade, mas em Nova Iorque os famosos Yellow Cab’s têm uma importância singular, são como ícones da própria cidade.
A ideia que os filmes nos transmitem é que as ruas desta cidade estão cheios de carros amarelos e que basta levantar a mão e gritar “táxi” que um deles pára imediatamente para nos apanhar. Da mesma forma que imaginamos os passeios apinhados de gente em movimento, quase como uma torrente.
E a verdade é que é mesmo assim, os largos passeios das grandes avenidas correm como um rio, num determinado sentido que não pode ser contrariado, e nas ruas aceleram centenas desses típicos táxis, os Yellow Cab’s.
Por isso não podíamos deixar de ser nova-iorquinos em Nova Iorque e fugimos da torrente de peões que enchia o passeio, chegámos ao pé do lancil e gritámos “táxi”... e em poucos segundos tínhamos um daqueles carros amarelos junto de nós, convidando-nos para uma nova viagem.
Ir ao Harlen
Quisemos aproveitar a nossa estadia em New York para dar uma volta menos comum, mas que tínhamos previsto no nosso roteiro… ir até ao Harlen, só para dar uma espreitadela no bairro afro-americano e porto-riquenho de Manhattan.
O Harlen pertence a Manhattan mas não é, de todo, um ponto de passagem natural para quem visita a cidade de Nova Iorque. É um local que sempre nos foi mostrado através do cinema, como o lado mais marginal da cidade, por isso não é propriamente uma atração turística. Mas ainda assim, quisemos visitá-lo e lá seguimos de metro, sem grandes receios, mas confesso que comecei a sentir algum desconforto à medida que as carruagens iam ficando mais vazias e menos bem frequentadas.
Saímos do metro e percorremos apenas alguns quarteirões, sempre semelhantes e pouco convidativos.
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A noite de Manhattan
A Times Square é a referência incontornável nas noites desta cidade e é naturalmente este o local que mais nos atrai durante a noite, como um autêntico olho do furação da agitação noturna.
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O downtown é que não terá grande interesse à noite, até porque, sendo maioritariamente uma zona de serviços, à noite tende a ficar deserta.
Os Restaurantes
Atualmente os restaurantes americanos são caros (já lá estive com preços bastante mais baratos do que em Portugal e já estive também com preços ao nível dos nossos, mas atualmente, como aliás acontece com os hotéis, os preços dos restaurantes estão muito altos).
De qualquer forma, se quisermos ir a algum restaurante que não resulte da escolha circunstancial do momento, devemos preparar essa escolha fazendo a reserva com antecedência.
Vou deixar aqui apenas duas recomendações, um restaurante no Greenwich Village e outro na Broadway, na zona dos teatros.
No Greenwich Village, a aldeia da cidade, mais do que a escolha de um restaurante, importa a escolha do bairro e do conceito de restauração, com vários restaurantes familiares e acolhedores, alguns deles italianos. Por isso a minha recomendação é que se deixem perder pelas ruas do Village ao início da noite, até escolherem um dos restaurantes locais que vos pareça mais acolhedor. A nossa escolha recaiu num restaurante muito simpático, o Porto Bello Restaurant, no 208 Thompson Street, próximo do Washington Square Park.
Mas se estiverem mesmo à procura de um restaurante italiano, então podem ir até ao bairro do Litle Italy, onde se encontra uma vasta variedade deste tipo de restaurantes.
O outro restaurante que vou sugerir será mais pela pela piada do seu conceito do que pela comida. Fica no nº1650 da Broadway, a 300m da Times Square, e chama-se Square Ellen’s Stardust Diner. Um restaurante de comida tipicamente americana, com os hambúrgueres, os nachos com chili, as bud’s. O restaurante tem um ambiente descontraído e uma curiosidade... sempre que o volume da música aumenta os garçons e garçonetes param o serviço de mesas e sobem para o balcão, mesas ou cadeiras e cantam eles próprios, recriando o verdadeiro espirito dos musicais da Broadway. Fazem isto a noite toda e acaba por ser um serão divertidíssimo e sem termos que pagar as entradas caríssimas para um dos teatros.
Os bares
Existiam dois bares que eram imperdíveis em 1996, mas que não visitámos em 2009. De qualquer maneira são dois locais que continuo a recomendar.
O Blue Note, o clube de Jazz mítico no Greenwich Village. Dantes entrava-se fora das horas dos espetáculos para tomar uma cerveja, mas atualmente será preciso explorar qual a forma de acesso a esta sala de espetáculos.
O Café Carlyle, (perto do Metropolitan Museum), onde o Woodie Allen toca clarinete todas as quintas-feiras com a sua banda de jazz (pelo menos tocava, é preciso confirmar).
Sinceramente não sei como é que estarão estas duas atrações, mas talvez estejam ambas inacessíveis, com o aumento dos preços e da quantidade de turistas.
Um passeio de helicóptero
Tive essa oportunidade em 1996 e sobrevoei toda a cidade, o que é algo espantoso e quase indescritível, um verdadeiro acontecimento.
Fui com o José Amorim, inicialmente estávamos ambos pouco confortáveis por irmos sobrevoar aquele emaranhado de arranha-céus, mas logo que helicóptero subiu e encarámos aquela cidade lá em baixo, que mais parecia uma cidade de brincar, a sensação foi arrebatadora... e só parou meia hora depois quando aterrámos.
Partímos de uma plataforma junto ao edifício da ONU e percorremos toda a ilha rondando os edifícios e monumentos mais emblemáticos da cidade como o Empire State Building, a Estátua da Liberdade e, na altura, também as Twin Towers do World Trade Center.
Fui com o José Amorim, inicialmente estávamos ambos pouco confortáveis por irmos sobrevoar aquele emaranhado de arranha-céus, mas logo que helicóptero subiu e encarámos aquela cidade lá em baixo, que mais parecia uma cidade de brincar, a sensação foi arrebatadora... e só parou meia hora depois quando aterrámos.
Partímos de uma plataforma junto ao edifício da ONU e percorremos toda a ilha rondando os edifícios e monumentos mais emblemáticos da cidade como o Empire State Building, a Estátua da Liberdade e, na altura, também as Twin Towers do World Trade Center.
Ainda fazem estas viagens mas temo que os preços se tenham tornado inalcançáveis desde essa altura.
É uma memória que não consigo descrever... por isso, e para terminar, deixo aqui algumas das fotos tiradas nesse voo inesquecível (ainda com uma das minhas máquinas de rolo).
É uma memória que não consigo descrever... por isso, e para terminar, deixo aqui algumas das fotos tiradas nesse voo inesquecível (ainda com uma das minhas máquinas de rolo).
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Termino com esta foto que nos mostra um passado difuso e realça valores que gostaria de ver preservados no futuro.
Um passado em sépia de uma cidade que nunca mais voltará a ser igual, e não foi só a sua silhueta que mudou, toda a cidade, toda a mentalidade, tudo mudou profundamente.
Um futuro que se espera que continue a ser orientado pelos valores de liberdade e democracia, representados aqui pelo símbolo desta cidade.