sexta-feira, 12 de junho de 2009

New York - Percurso 2 - Cruzeiro no rio Hudson


Este foi um percurso feito de barco, num cruzeiro em torno da ilha de Manhattan.

Mas começámos primeiro pelo Pier 86, apenas para observar o museu do Intrepid Sea, Air & Space Museum. Vêem-se alguns aviões e o porta-aviões cá de fora, não sendo imprescindível visitar o museu para ficarmos com uma ideia das peças bélicas de maior dimensão que ali estão expostas. 
Percorremos depois a pé até ao Pier 83 e ao ponto de partida dos cruzeiros da Companhia Circleline.
Fizemos a volta de barco completa à ilha de Manhattan (360 graus), mas apenas porque correspondia ao horário mais conveniente, e porque o preço nos era indiferente, visto que estava incluído no CityPASS que tínhamos adquirido previamente. 

Mas a alternativa mais razoável e mais barata será a volta mais pequena que nos leva até à Estátua da Liberdade e à ponte de Brooklin, o que, na minha opinião, será suficiente. Este percurso é operado pela companhia Circleline, saem todos os dias às 10h e a viagem dura cerca de 1h e custa 29U$D e cumpre, mais ou menos, a seguinte trajetória.
Durante o passeio atravessa-se o rio Hudson e temos oportunidade de contemplar algumas das paisagens mais bonitas do skyline de Manhattan. 

Já próximo do downtown chegamos ao ponto alto deste cruzeiro, quando passamos a poucos metros da Liberty Island e do símbolo mais importante da cidade de Nova Iork, e um dos mais marcantes de todo o mundo, The Statue of Liberty.

Haverá a opção de se fazer uma viagem específica para visitar o interior da Estátua da Liberdade, solução que atrai milhões de turistas todos os anos, mas confesso que me agrada mais ficar apenas perto da ilha e contemplar a estátua de fora, sem perdas de tempo nas filas enormes, mas garantindo da mesma forma a magnífica vista sobre o skyline da cidade.

De qualquer modo será interessante conhecermos um pouco mais sobre um monumento tão icónico como este.

Antes de mais a Estátua é uma referência à Liberdade como um valor que a América tem adotado como grande prioridade (só é pena que mais recentemente, na era Trump, esses valores de democracia e liberdade tivessem sido postos em causa).

A Estátua atinge uma altura de 93m, sendo que cerca de metade corresponde ao seu pedestal. Foi projetada e construída em França e oferecida aos Estados Unidos pelo chefe de estado francês, agradecendo o facto dos americanos terem vencido uma batalha contra os ingleses. A estátua pesa 160 toneladas e foi transportada de barco desde França, separada em 350 peças, numa viagem que levou mais de um ano. Depois da sua montagem na Liberty Island abriu ao público no ano de 1886.
Regressando de novo à proximidade do downtown surge-nos a imagem marcante da Ponte de Brooklyn, a ponte mais icónica de Nova Iorque que, como tantos outros lugares nesta cidade, nos faz viajar até ao imaginário da sétima arte. De qualquer forma, desta vez, iriamos apenas apreciar a silhueta da ponte, deixando para depois uma visita mais demorada. 
Invertendo a marcha de regresso ao cais passamos de novo na proximidade do downtown, e podemos contemplar o seu skyline, uma das referências da cidade, delineando-se perfeitamente o contorno dos arranha-céus daquela zona da cidade.

E é aqui que, pela primeira vez, quem conheceu Nova Iorque antes de setembro de 2001, sentirá uma forte ausência da antiga referência da cidade, o World Trade Center com as suas Twin Towers. E é impossível não se pensar naqueles instantes em que a história do mundo mudou ao mesmo tempo que aquela cidade se transformava para sempre, não só o seu skyline, que agora observávamos notando a ausência das torres, mas pelas cicatrizes que se abriram naquele dia fatídico, o inesquecível nine-eleven. 

Mas a memória tenta fazer com que as imagens perdurem e que o espírito da cidade se mantenha.