terça-feira, 19 de março de 2013

Provence


Saindo de Lyon, iríamos atravessar, nos próximos dias, a região da Provence em direção ao mar Mediterrâneo, essa zona do sudeste de França que se desenvolve ao longo do rio Ródano e que corresponde literalmente à província rural francesa.

Percorremos o trajeto assinalado neste mapa, passando por alguns dos destinos referenciados nesta região da Provence, que é conhecida pelas suas aldeias pitorescas, com uma marca ainda bem visível da sua origem medieval, e pelos imensos campos de cultivo... sobretudo os campos de lavandas, mas que nem sempre podem ser vistos com todo o seu esplendor. 
 
Os campos de lavandas:

Ao longo do nosso trajeto fomos passando por um conjunto de pequenos povoados, mas também por algumas cidades, e por muitos quilómetros de terrenos de cultivo, com vinhas, searas, plantações de girassóis e, sobretudo, com os famosíssimos campos de lavanda que, na altura em que estão em flor, a partir do fim de maio, formam paisagens que são autênticas obras de arte, de uma beleza que quase nos ofusca.

A nossa viagem foi no final de março e os campos estavam cobertos de lavandas mas só se distinguia uma leve tonalidade arroxeada, faltando ainda cerca de dois meses para que os lilases vivos se libertassem, pintando as encostas e planícies como se de um quadro impressionista se tratasse.

Deixo aqui uma imagem da nossa viagem, com as cores ainda a despertar, mas também outras duas com as lavandas já floridas, para que se perceba o tipo de beleza que se pode esperar se visitarmos estas paragens na época certa.






Pérouges:

Começámos o percurso na Provence pela aldeia de Pérouges, ainda nas proximidades de Lyon. Pérouges é um povoado pequeno e tipicamente medieval, com as ruas empedradas e as casas em pedra sobre pedra, sempre muito bem conservadas, travadas com barrotes de madeira, formando o chamado enxaimel. 

A aldeia atrai algum turismo, mas, naquela manhã, ainda éramos só nós e os próprios aldeões, que faziam as suas primeiras tarefas diárias.




Pont du Gard:

Seguimos depois pela autoestrada para um longo percurso de 270 km em direção a Avignon, mas fizemos um desvio para uma primeira paragem, para visitarmos uma obra de referência, a Pont du Gard. 

Esta ponte faz parte de um aqueduto romano que percorre esta zona do Sul de França, e dispõe-se por três níveis de arcos, construídos no século I a.C., para permitir que o aqueduto de Nimes, que tem quase 50 km de comprimento, atravessasse o rio Gardon, também chamado rio Gard. A ponte tem 49 m de altura e 275 de comprimento, e é considerada uma obra de referência, artística e de engenharia.
O acesso para visita à ponte obriga a disponibilizar algum tempo. Temos que entrar num parque de estacionamento que pertence ao parque arqueológico e pagar a taxa de família de 18€ (em 2013), para um dia inteiro, incluindo até cinco pessoas (é a única forma de ver a ponte, não há outros acessos nem outros locais para parar o carro), e permite o acesso à totalidade da estação arqueológica da Pont du Gard, que inclui, para além da própria ponte, os restos do aqueduto, o acesso ao museu e a espaços de exposições temporárias e a outras áreas para caminhadas ao ar livre, picnics e muito mais.

Quem quiser apenas ver a ponte e seguir em frente, vai perder aqui algum tempo extra. Mas pode tentar não se demorar, não aproveitando todo o potencial daquele parque arqueológico, visitando apenas a ponte e passando rapidamente por algumas zonas do museu que sejam mais apelativas... mas o que interessa mesmo é poder ver esta ponte, que é, de facto, bastante bonita.


Avignon:

Faltavam ainda os últimos 25 km até à cidade de Avignon, no final de uma viagem extensa ao longo do dia, num total de 340 km. Avignon ia ser o prato forte deste dia, uma cidade com marcas medievais dominantes, famosa por ter sido convertida na residência dos Papas no século XIV. Optámos por estacionar o carro junto ao parque de campismo, na margem direita do rio, bem em frente do centro histórico, para começarmos a nossa visita com uma belíssima vista panorâmica sobre a cidade.
A cidade é dominada pela presença do rio Le Rhône, marcado pelo ex-líbris da cidade, a Pont Saint-Bénézet ou Pont d’Avignon. Trata-se de uma ponte medieval, do século XII, que se encontra semidestruída e encerra toneladas de história. A construção da ponte foi inspirada em São Bénézet, um menino pastor que foi santificado e que, depois de sua morte, foi enterrado numa pequena capela existente junto à ponte na margem do lado de Avignon. 
O centro histórico, incluindo o Palácio dos Papas, que é uma das maiores e mais importantes construções da arquitetura gótica na Europa, foram considerados, em 1995, como património da UNESCO.
A cidade tem, portanto, como visita obrigatória, o dito Palácio dos Papas. Confesso que não apreciei particularmente a visita, o que mexe comigo são mais as ruas cheias de gente, as esplanadas, as paisagens, e até a arquitetura dos lugares… os interiores de um palácio são quase sempre pouco motivantes, embora haja exceções, mas não é este o caso. E as entradas nem são baratas, 11€ por pessoa.
De qualquer madeira, este complexo palaciano acaba por nos revelar algo interessante, quer do ponto de vista da arquitetura e arte sacra, quer pela lição de história que aproveitamos para aprender. 

E, neste caso, gostei de aprender que o Papado de Avignon, conhecido também como o Cativeiro de Avignon, corresponde a um período da história da Igreja Católica, entre 1309 e 1377, em que a residência do papa foi alterada de Roma para Avignon. Em sequência de conflitos entre a igreja e o rei de França, durante o reinado de Filipe IV, registou-se um choque entre esse soberano e o então Papa, Bonifácio VIII. Tendo sido nomeado como sucessor de Bonifácio VIII o Papa francês Clemente V, o Rei de França, com o tremendo poder de que dispunha, obrigou o Papa a residir em Avignon, tal como os seus seis sucessores. Pela força dos poderes que valiam à época, todos os sete papas que viveram e pontificaram nesta cidade, eram franceses.

Assim, e enquanto absorvia os conhecimentos históricos que nos eram ensinados, fui registando algumas imagens de referência deste palácio, e das vistas que podemos contemplar a partir do seu interior.
         


Percorremos depois a cidade pelas ruas e praças sempre concorridas, desde logo a Place du Palais, que é abraçada pelo palácio e que dá acesso ao Jardin du Rocher des Doms. Localizado sobre uma colina rochosa, este jardim é bastante atraente, com esculturas e monumentos, e com uma vista extraordinária, dum lado o imponente Palais des Papes e, do outro, o rio Rhône, com a sua Pont d’Avignon, numa imagem quase mística.


Entrámos depois em algumas ruas mais apertadas do centro histórico, com a sua traça de influência medieval, e noutras mais amplas, que desaguam em praças com esplanadas, restaurantes e lojas, como as lojas dos artigos locais, sobretudo com os sacos de cheiro das lavandas, aliás os aromas a flores estão um bocado por todo lado e são mesmo uma característica dominante das ruas desta cidade… onde quer que estejamos, os aromas a flores estão sempre presentes. 

Uma das praças centrais e mais concorridas, é a Place de l'Horloge, onde se localizam dois dos edifícios de referência desta cidade, o Hôtel de Ville (a Câmara Municipal), e o teatro da Opéra Grand Avignon.

Mas a Place de l'Horloge é também o mais movimentado centro da cidade, cheia de esplanadas e restaurantes, é o local ideal para passar o início da noite e experimentar algumas iguarias provençais e tentar um dos vinhos da região... como um Côte du Rhône tinto ou um Côtes de Provence rosé.
Foi um percurso relativamente curto, cerca de 3,5 km, pois todas as atrações deste local se encontram numa zona muito restrita, e facilmente visitável, mesmo incluindo a travessia até à margem direita do rio, onde podemos contemplar as melhores imagens da cidade.
Ao final do dia voltámos a atravessar o rio para chegar ao carro junto à margem direita e, desta vez, encontrámos a paisagem da cidade velha entre as muralhas, totalmente transformada pelas luzes que surgem da noite, com novas cores e um novo brilho, como se fosse uma outra cidade. 

Mas, ainda assim, preferimos a paisagem sublime que tínhamos contemplado horas antes, ainda com a luz do sol, e sempre com os contornos bem visíveis do Palácio dos Papas e da mítica Pont d’Avignon... ou então, e ainda de forma mais sublime, preferi uma outra imagem, fotografada nessa tarde, e que é quase uma alusão ternurenta à fantástica obra de Picasso, Les demoiselles d'Avignon, não pela forma dos rostos destas demoiselles, mas porque, em ambos os casos, estamos perante obras de arte preciosíssimas.

Na manhã seguinte fomos entrando cada vez mais por uma Provence genuína, numa procura das aldeias medievais mais típicas e também, tentando encontrar alguns campos de lavandas onde os tons lilás se pudessem mostrar mais viscosos, apesar da época inadequada para tal.

A Provence é uma espécie de Toscana francesa, tem uma paisagem dominada sobretudo pela vinha e pelos campos de cultivo, mas com aquela marca muito especial que lhe é dada pelos imensos campos de lavanda que florescem entre os meses de junho e agosto… mas também, e tal como na Toscana italiana, pelos pequenos povoados, na generalidade, muito bonitos e bem conservados. 

Há também algumas cidades maiores, como a de Avignon, onde acordámos neste dia da nossa viagem, mas a Provence vale principalmente pela paisagem rural, pelos aromas muito intensos, pelos temperos provençais, por aquilo que se pode descobrir quando experimentamos uma incursão nas zonas mais profundas e mais genuínas. 

Assim, resolvemos escolher este dia para fazer uma série de trajetos ligando algumas das mais bonitas aldeias provençais, mas com o propósito principal de aproveitarmos os percursos feitos ao longo de estradas secundárias, e fazendo sempre várias paragens, mais ou menos prolongadas, de cada vez que nos apetecesse... e apeteceu muitas vezes, parámos só para observar, ou para provar uma iguaria qualquer, ou para um copo de um qualquer vinho da região.


Baux-de-Provence:

Ainda de manhã cedo seguimos em direção de Baux-de-Provence, uma pequena aldeia totalmente marcada pelas construções de origem medieval, tem mesmo um espaço dedicado a eventos medievais, como feiras e os famosos torneios.
O acesso à aldeia está bem organizado, direi mesmo que demasiadamente organizado, porque, apesar de estarmos no meio de nenhures, as estradas estão sinalizadas de forma a impedir o estacionamento, o que nos obriga a parar o carro nos parques da Comuna, pagando 5€, ainda que só se queira ficar um par de horas, como era o nosso caso.

Dentro da aldeia, ao longo das ruas empedradas, vamos passando por algumas igrejas tradicionais e pelas típicas casas da idade média, sempre em bom estado, de onde vão surgindo todo o tipo de lojas para turistas, com o artesanato local e sempre os aromas vendidos a saco, como em toda a Provence.
A principal atração da aldeia é o castelo, o Château des Baux de Provence, mas só valerá a pena visitá-lo se houver alguma programação de espetáculos, caso contrário, não justifica o preço de 10€ por adulto.

A programação é diversa, desde logo, durante o dia, há vários tipos de torneios e eventos medievais, mas, mesmo sem ter assistido a qualquer espetáculo, tudo me pareceu ser totalmente postiço, para turista assistir e sem qualquer interesse. Mas, à noite, utilizando uma técnica de projeção sobre as paredes do castelo, existem dois tipos de espetáculos que são muito elogiados por quem os viu, a Carrières de Lumières e a Cathedrale Des Images.

Como estivemos menos de duas horas na aldeia, ainda de manhã, não havia quaisquer espetáculos e a animação de rua estava ainda muito mortiça. Assim, apesar de ser indiscutível que se trata de uma aldeia bonita, é necessário que a visita se faça numa tarde ensolarada e não numa manhã cinzenta.

À saída parámos ainda na encosta em frente à aldeia para a podermos contemplar devidamente e, dali, parece-nos claramente uma aldeia fortificada da idade média, pelo menos à luz do imaginário que fomos formando com base nos filmes a que assistimos.

O percurso seguinte levou-nos até Gordes, uma das mais belas aldeias da Provence e, no trajeto fomos já atravessando algumas das zonas rurais mais bonitas onde fomos parando e inspirando fundo aqueles aromas que misturam o cheiro da terra com as plantas e flores primaveris.

O ambiente envolve-nos como se fossemos entrando em postais ilustrados, embora sem termos tido a sorte de apanharmos as lavandas em flor.

Parámos também para um picnic rodeados de vinha, ainda despida de folha e de terrenos apenas lavrados, mas, mesmo assim, apesar do cenário não ter ainda a marca da Primavera, sentimos uma beleza tocante.




Gordes:

Chegámos por fim ao topo de uma montanha rochosa onde podíamos contemplar, logo ali à frente, a a imagem de uma aldeia medieval. Está classificada como uma das mais belas aldeias da França, com um património bastante rico, com duas abadias, ruas empedradas, algumas muito íngremes, com casas típicas medievais, quase sempre bem conservadas, algumas azenhas e moinhos de vento e vários povoados seculares em cabanas de pedra seca, na zona envolvente da aldeia... é de um pouco de tudo isto que se forma a bonita aldeia de Gordes.

A visita foi dura, porque desatámos a descer pelos empedrados como se não houvesse amanhã, mas depois havia sempre que subir… e muito subimos nós naquele início de tarde. Mas palmilhámos cada beco e cada escadaria escondida, sempre desaguando em autênticos miradouros com uma vista quase infinita sobre as terras provençais.

Chegámos mesmo às zonas mais baixas, onde surgem as azenhas que aproveitam a força do riacho que desce o rochedo, onde as casas típicas vão sendo substituídas por casas senhoriais, algumas aproveitadas para turismo rural.

Escalámos tudo de volta até ao pico, que é também o centro da aldeia, e onde tínhamos estacionado, mas, apesar do esforço, fomos ainda capazes de espreitar os vestígios de antigos povoados com cabanas feitas em pedra seca.
Dissemos adeus a esta aldeia que nos encantou e voltámos à estrada para mais um percurso pela Provence rural, por estradas tão secundárias quanto possível e, uma vez mais, disponíveis para qualquer paragem eventual, ao sabor do acaso. Até ao nosso próximo destino, Roussillon, faltavam apenas 12km para percorrer. 
Voltámos às paisagens campestres, desta vez ao longo de alguns campos de lavanda, ainda só parcialmente floridas e, por isso, também com os lilases ainda não tão vivos como irão aparecer lá mais para os finais de Maio.
Depois, uma vez mais, ao longo de vinhas e campos cultivados, e alguns povoados, sempre com o mesmo tido de arquitetura, com grande harmonia, sem nunca se vislumbrar qualquer construção a destoar.




Roussillon:

Entrámos, entretanto, por terrenos diferentes, mais avermelhados, devido à formação geológica daquela zona, constituída por saibro argilosos, com cores de ocre muito vivo, que domina não só os terrenos envolventes, mas também a coloração das próprias casas da aldeia de Roussillon.
A região é conhecida pelos grandes depósitos de ocre encontrados nas camadas de argila existentes ao redor da aldeia. Os ocres correspondem a pigmentos que vão do amarelo e laranja até ao vermelho, que são as cores que vestem as construções e fazem com que esta aldeia seja lindíssima e muito peculiar, diferente das restantes aldeias da Provence e talvez uma das mais bonitas.


Passear naquelas ruas é como quem percorre um cenário perfeito, sem que nada destoe, todas as casas com os mesmos tons e a mesma traça... tudo em harmonia. Deixámo-nos ficar por algum tempo, parámos para uma bebida, para descansar as pernas e para saborear o momento.
Fizemos ainda um percurso que nos levou a uma zona de miradouro, a partir do qual a aldeia surge completa, com as suas cores de ocre vivas, contrastando com o verde viçoso dos pinheiros envolventes e, ao longe, as montanhas marcando presença, com o cume caiado de neve.



Lacoste:

Apenas alguns quilómetros depois, numa zona rural das mais bonitas que atravessámos durante o dia, chegámos à aldeia de Lacoste.

A aldeia desenvolve-se no alto de uma colina, tem as habituais construções de traça medieval, tem também o típico castelo e tem as ruelas do costume, com empedrados tortos e desalinhados, que nos magoam as articulações quando as tentamos percorrer… ou, mais precisamente, quando as tentamos escalar, porque as ruas são quase sempre bastante íngremes.

Mas esta aldeia tem algo que a diferencia das muitas aldeias provençais. E não é por causa do nome, que nada tem a ver com a marca de roupa desportiva, que tem um crocodilo como logotipo. O que fez desta aldeia um lugar especial foi a presença de uma figura ilustre, ou nem por isso, que por aqui morou e é ainda hoje o seu personagem de referência.

Falo do conhecido Marquês de Sade, que foi proprietário do castelo e chegou a viver por lá alguns períodos, como entre 1769 e 1772, quando pretendia refugiar-se das acusações que lhe vinham fazendo e que o levaram posteriormente à prisão no Château de Vincennes, em 1777.



Em 2001, Pierre Cardin comprou o castelo do Marquês e renovou completamente o palácio, bem como os espaços exteriores, que foram transformados num grande anfiteatro para festivais e mostras de arte, como acontece com as esculturas dispostas no espaço entre muralhas.

A visita a essa parte da aldeia é imprescindível, apesar da dificuldade da subida, que chega a ser extrema. Mas lá no topo, com o espaço dominado pelas imensas esculturas que se enquadram numa vista deslumbrante, quase infinita, sobre a planície com os seus campos de cultivo e as aldeias vizinhas.



Terminámos a visita com a sensação de que Lacoste era uma aldeia especial, sobretudo pelo seu castelo, pela sua história, e até pela sua atual utilização, num misto de monumento, miradouro e centro de artes. Toda a terra anda ainda muito à volta da história do Marquês de Sade, com nomes e símbolos em restaurantes e lojas, mas sempre sem quaisquer referências sádicas… o que é pena, porque animava!

Aix-en-Provence:
Ao fim de mais 60 km chegámos à cidade que é considerada como a capital da Provence, Aix-en-Provence, uma cidade com um património rico e com praças e ruas que revelam inúmeras belezas arquitetónicas. 

É também uma importante cidade universitária, com uma frequência muito jovem, e com uma elegância que se revela, por exemplo, nas esplanadas cheias de estudantes e de gente descontraída.

As ruas e praças estão sempre animadas, o que convida a longos passeios para descobrir os monumentos, capelas e oratórios e outros tesouros do património local e, sobretudo, para sentir a pulsação da cidade.

Torna-se imprescindível uma paragem numa das muitas esplanadas e, no nosso caso, por estarmos já num final de tarde muito apetecível, aproveitámos para um jantar à base dos paladares destas terras, dominados pelos aromas das ervas provençais, pelos azeites e pelos vinhos da região. 



Esta cidade é considerada como a capital da Provence, porém, na divisão oficial do país em regiões, a Provence ficou associada aos Alpes e à Côte d'Azur, e a capital oficial desta região francesa, não é Aix-en-Provence, mas sim Marselha.

Foi exatamente para Marselha que nos dirigimos ao final dos últimos dias de visita à Provence, faltavam somente 30 km seguindo por uma autoestrada com muito tráfego, levando diariamente os muitos habitantes de Aix-en-Provence, que trabalham na grande metrópole de Marselha.

A Provence deixa-nos uma imagem extraordinária, ficando o desejo, e quase a obrigação, de um regresso em plena época das lavandas floridas, e com a calma que este local exige, para aproveitarmos os prazeres que ali se podem experimentar... a comida, os vinhos, os aromas e a contemplação das magnificas paisagens que nos rodeiam por todo o lado.


Carlos Prestes